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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

eco-passos cosméticos

Sempre em busca de alternativas low cost e tentando ao mesmo tempo contribuir para um melhor ambiente, virei esta semana a minha atenção para a minha rotina de limpeza facial. 

Graças a este blog e à minha contínua investigação, já deixei de usar esfoliante de compra, reduzi o consumo de amaciadores e shampôs, e estou prestes a despachar gel de banho, trocando-o por um qualquer sabonete de glicerina 100% de origem biológica. Excepto no ginásio. Há sempre aquele momento em que o sabonete vai ao chão e uma pessoa fica mesmo muito relutante de o apanhar - imagens de pessoas que tropeçam no sabonete, dos pés que passaram por aqueles chuveiros, de um potencial cabelo que não sabemos ser o nosso ou não e que se agarra ao raio do sabonete, fazem-me perder toda a vontade de o tentar recuperar. Quem nunca derrapou na banheira que atire o primeiro sabonete.

Mas adiante. Esta semana li (mais) uma série de artigos que incentivam á redução de custos e ao uso de produtos menos danosos para o ambiente. Senti um frio no pescoço, curiosa de saber o que mais, para além daquele espectacular desmaquilhante da Kiko, me pode arrancar o rímel mais resistente dos olhos sem que pareça uma máscara de guerra.
A resposta é bastante simples, óleo.






Sendo de pele tendencialmente mista, óleo já tenho que baste. No entanto, dei o benefício da dúvida e tentei. Aconselham-se óleo de amêndoas doces, jojoba, coco, azeite e óleo de amendoim. 
Basta aplicar na cara, esfregar com um pano limpo (evitando as toalhitas desmaquilhantes, lá está mais um eco-passo) e passar por água. De preferência morna. 
Surpreendentemente, resulta. A sensação de oleosidade que tememos desaparece rapidamente quando esfregamos a cara, e com ela, a maquilhagem. A pele fica hidratada e brilhante - mas não aquele brilhante oleoso de cara de adolescente cheio de espinhas, é mais na onda do brilhante-anúncio-de-novo-creme-rejuvenescedor.


Por isso da próxima vez que se vir subitamente sem desmaquilhante, dê um salto á cozinha, e experimente. Confesso que o azeite me evoca demasiadas memórias gastronómicas. Já o óleo de coco me parece mais na onda das pina-coladas.
Para peles mais oleosas, o óleo de árvore de chá (tea tree oil, para os mais internacionais) é o mais recomendado, pelas suas propriedades anti-sépticas e anti-bactérianas. O cheiro mentolado dá uma sensação de frescura e limpeza, e é o meu preferido.  


A  vantagem é que pode aplicar óleos em outros passos da sua rotina diária, seja como por exemplo como hidratante corporal ou facial. Pode juntar óleo de coco com um pouco de manteiga de karité, e obter uma deliciosa body butter.

Estes passos podem igualmente ser aplicados á rotina diária do seu companheiro, o que pode resultar numa pele ainda mais resplandecente. Se a maioria já é adepta de poucos produtos de grooming, podem reduzir ainda mais - mas basta falar de óleo de coco ou sabonete como alternativa á espuma da barba, e até trepam ás paredes. (mental note: "esquecer-me" de comprar espuma de barbear). Já agora, se tem tendência para se apoderar da mesma para depilar as pernas em caso de urgência, pode simplesmente usar...óleo! Na rede de lojas da Clarel e suas marcas low cost pode encontrar um frasco de óleo de argão de 500ml por menos de €5 e que é divinal. E multiusos. Uma vez apliquei no cabelo antes de entrar no chuveiro, e funcionou como máscara. 

É um passo extremo passar de frasquinhos tecnologicamente avançados e recheados de oligo-elementos, alpha-hidróxidos e outros milagres químicos para uma simples embalagem de óleo. Mas não derrape. (não resisti á piada fácil). Claro que é muito mais fácil chegar ao balcão da Body Shop e sentir a consciência tranquila de usar um produto que não foi testado em animais, de origem orgânica e tal, mas depois sentir todo esse peso na carteira. No entanto,  é cada vez mais fácil encontar produtos de origem orgânica, oriundas de produções locais, e com as quais podemos marcar a diferença.


Procure perto de si, nas feiras, nos mercadinhos biológicos, nas ervanárias...nunca se sabe quando pode vir a deparar-se com um ou outro ingrediente mais exótico, a preço low cost. E ainda lhe vão dar uma resposta do tipo "oh menina, eu uso isso desde pequena...!Quando não havia cá cremes finos do supermercado, nem dinheiro para doutores..."
Vai haver toda uma conversa de passado vs presente, de coisas que hoje dia custam os olhos da cara e que a senhora da ervanária vai dizer que se usavam para curar a tinha dos cães, ou a comichão das urtigas. Se desenvolvem cremes ultra-caros de dejectos de pássaros, foi porque alguém teve a (in)feliz ideia de o por na cara. Pior, resultou.

1 comentário:

  1. Queres ver que o Tom Cruise lê o blog?

    http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/tom-cruise-usa-fezes-de-passaro-para-cuidar-da-pele/

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