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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Athleisure e o uso abusivo de leggings em público

Dos tempos saudosos em que fazer exercício em tshirts velhas com publicidade ao sr.  dos alumínios até ao império de roupas trendy.
Dos tempos em que vestiam fatos de treino 100% poliester colorido, inflamável, de marcas como a Slazenger ou Kappa, até ás linhas de roupa anti-suor, repelente, resistente, colante de qualquer franchise de roupa.

A este passo evolutivo fashionista deu-se o nome de athleisure,  e que reflecte a obsessão dos designers e estilistas em criar roupas apropriadas para actividades e/ou lazer.  O que era anteriormente o vestuário de uso em ambiente ginásio adaptou-se e dinamizou-se ao quotidiano. Porque é confortável, prático, aconchegado. Porque reflecte a cultura da prática desportiva, da vida saudável, do aspirante ao mindulfness num corpo livre de elementos tóxicos. Ou porque simplesmente nada diz confortável como umas calças de fato de treino de algodão e uns ténis com memory foam.



A moda pegou sem esforço, muito praticante de ginásio se dedica em exibir as melhores tshirts de treino, tudo na onda do fluorescente, funcional, de marca. Esta tendência faz lentamente a sua incursão no quotidiano, e permite áquelas pessoas que anteriormente saltavam da cama e vestiam o fato de treino não para ir treinar, mas para ir ao café ou ás compras, agora podem fazê-lo com muito mais estilo.


Para fim, esperançosamente, seria o fim dos passeantes (veraneantes soa sempre a passeio de praia no Verão) de domingo no shopping a exibir roupa desportiva que nunca viu o interior de um ginásio, nem sofreu na pele o suor de actividades ao ar livre (salvo seja). Como é o caso das mulheres que usam leggings.

Nada contra o espírito prático - ninguém mais do que eu fica contente de descer dos saltos até ás sabrinas mais próximas - mas...há coisas que uma pessoa não entende. 
O infográfico abaixou ajudou bastante, principalmente depois de ter comprado um par de leggings e ter andado a mirar todo o meu roupeiro á procura de algo que as complementasse. No fim, constatei que precisava ou de roupas mais compridas, ou de um traseiro mais pequeno. 





Valeu a experiência, mas não me deixei de sentir constrangida ao entrar no café no sábado á tarde, com ar de quem saiu da aula de yoga e foi tomar um cafezinho para acordar todos chakras que tinha acabado de acalmar. 
Uma coisa admito porém, que me faziam falta uns casual wears destes para rematar o look sporty chic de uma possível casual friday. Versão low cost, na Seaside, €19.99.




Das versões couture da Channel e da Dior, apenas devo dizer que ultrapassam a zona de conforto da minha carteira.
E de estilo também, deixei de usar estrelinhas brilhantes algures na escola primária.




Posto isto, da minha parte, vou evoluir o aprés-sport do sair do ginásio para ir a casa tomar banho para o andar ao fim de semana de ténis coloridos que não servem para correr, uns leggings que fazem qualquer traseiro parecer uma Kardashian (dizem que aqueles push up da tezenis fazem milagres), sempre complementados com um qualquer casaco/túnica/tshirt cujo comprimento que esconda qualquer possibilidade de camel toe.




No entanto, é fácil de cair em desgraça, a menos que seja uma socialite famosa seguida no Instagram. Pode aparecer com ar de quem pediu o casaco ao marido porque estava frio, ou de quem trouxe a sweat shirt do irmão mais velho, ou ar de quem vai á churrasqueira buscar um frango, depois de ter ido a uma aula de pump.





No fim, é como se sentir mais confortável, desde que não cheire a suor de ginásio, beba algo saudável - ou vodka numa garrafa Sigg - e que ninguém consiga adivinhar as cores da sua roupa interior.








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