A Kikas foi ver o filme do
Principezinho ao cinema (o pai adiantou-se, bolas!). Veio de lá
toda contente, a contar-me o filme, as peripécias, as ovelhas, as caixas com
ovelhas lá dentro, etc. e tal. Quando lhe disse que a mãe conhecia lindamente a
história, que já era uma história do tempo de quando a mãe era pequenina e que
era uma das minhas preferidas de todo o sempre, ela ficou perplexa. Mas achou o
máximo poder contar como era em filme, e ver que eu já sabia todas as coisas de
memória dos livros. Também deu para explicar que antes dos filmes, normalmente
há livros. Que é mesmo giro ler os livros e imaginar tudo na nossa cabeça e que
às vezes os filmes até são menos giros que os livros (não me parece que seja o caso, com o filme em questão).
Deu também para criar uma
nova e feliz rotina que durará o tempo que der para fazer render. Se bem
conheço a Kikas, quando chegarmos ao fim vai querer recomeçar J
Na conversa, às tantas,
digo-lhe: ah, queres ver uma coisa? A mãe tem um livro do Principezinho mesmo
mesmo especial! É mágico… os desenhos vêm ter connosco, saem do livro! E ela
fez aquela cara de “não acredito!!!”
Confesso que andava a guardar
este livro para daqui a mais uns anos…é o livro pop-up do Principezinho e não
lho tinha posto ainda à frente com medo que se estragasse. Gosto tanto dele e
quero que dure muitos e muitos anos.
Posto isto, fui buscá-lo.
Expliquei que era um livro muito especial para mim, que não queria que se
estragasse e que tinha que se mexer em tudo com muito cuidado. Ela abriu-o como
se fosse um tesouro (e é!) e a cada página que passava, cada imagem de papel
que saltava do livro, a cara dela ficava mais e mais entusiasmada. E então
percebi que ia correr bem.
Assim sendo o acordo foi:
tomar banho rápido, jantar rápido e na hora de deitar a história seria o
Principezinho mas lido naquele livro. Todos os dias um bocadinho. Todos os dias um
planeta. E assim foi. A meio desta primeira sessão de leitura ela,
que estava deitada muito quentinha e que ia espreitando as imagens que lhe
mostrava, sentou-se com um salto, deixou cair os ombros suspirou e sorriu.
E eu perguntei “o que foi?” E ela respondeu: “Estou feliz, mãe”. E isto vale
mais que o Euromilhões.
Há tantas coisas que podemos fazer para nos fazer bem a nós e a quem gostamos e que não custam mesmo mesmo nada… um bilhete na mesa do pequeno almoço, o nosso tempo, uma grande caneca de café com uma boa conversa, um abraço ou só estar ali, quer alguém precise ou não.
Sem comentários:
Enviar um comentário